segunda-feira, 20 de março de 2017

Pra Júlia.

Tudo igual ao que acontece quando o filho vira passarinho, um aperto de perceber que cresceu que fala outras línguas e que vai encontrar outros mundos.  Eu estava ali transvestida de minha mãe, os olhos cheios de lágrimas o abraço que se entrelaçava com o coração e as bênçãos iguais.  Não é nada que mãe não conheça e nem tão pequeno que quem não tem filhos saiba julgar, mas é uma estranha mistura do vivido e do que se está vivendo. Como se os meus ensinamentos agora assimilados fossem ser importante para o pássaro que vai alçar voo. E lá foi ela de fios de cabelo cor de rosa, mochila nas costas, passaporte na mão e um mundo na cabeça e no coração. Vai filha... Vai ser incrível, eu vou poder ver o que ainda não sei através dos seus olhos, assim que você voltar.

Denise Portes

O que já foi dito: “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.

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